quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CASOS DE PESSOAS INJUSTIÇADAS POR CAUSA DO PRECONCEITO

Quem vê cor não vê competência
RH, seleção de profissionais e preconceito de cor: uma realidade no Brasil em tempos de diversidade


Fotos usadas na pesquisa(a numeração é de 1 a 8, da imagem da esquerda para a direita
Todos os seres humanos têm algum tipo de preconceito. É impossível que não seja assim, e o motivo é simples. Ninguém tem informação completa sobre o que vai encontrar em várias situações da vida, mais ainda quando são situações novas. Assim, se nunca viajamos para um determinado país, como deveremos nos comportar quando lá chegarmos? Se esse país for predominantemente mulçumano, nos comportaremos da mesma forma que faríamos se fôssemos para, por exemplo, a Grã-Bretanha? Se a resposta for sim, então houve um pré-conceito sobre o que tendemos a encontrar em países que não conhecemos.É isso: o oposto de pré-conceito é pós-conceito. Se não temos um pré-conceito sobre um país desconhecido ou sobre uma pessoa à qual acabamos de ser apresentados, então formaremos o nosso conceito sobre eles após os conhecermos um pouco mais. Nunca ter preconceito é o mesmo que sempre formar um pós-conceito. Ou seja, é comum que isso não seja possível. É comum que tenhamos de tomar decisões sobre as pessoas antes de formarmos um conceito sobre elas, antes de termos um pós-conceito.
Quando isso se aplica aos profissionais de RH de empresas, estamos falando de oportunidades de empregos e chances de subir na carreira. Um RH que tenha preconceito contra, por exemplo, as pessoas de cor preta e parda (para utilizar a terminologia do IBGE), tenderá a favorecer os brancos quando se tratar de seleção de pessoal, aumento de salários ou promoções.
Há toda sorte de preconceitos, positivos e negativos. O preconceito de cor é algo explicitamente rejeitado pela sociedade brasileira, mas será que somos educados para não sermos racistas? Voltando aos diferentes preconceitos, será que não existem profissionais de RH que tenham predileção por contratar descendentes de japoneses ou pessoas educadas dentro do judaísmo? Há algum tipo de barreira baseada em preconceito, no Rio de Janeiro, para aqueles que deixam São Paulo em busca de trabalho na Cidade Maravilhosa? E o contrário, ocorre? Poderia haver preconceito positivo em São Paulo, favorecendo os cariocas quando se trata de oferecer empregos comerciais ou vagas no mercado financeiro? São perguntas que têm respostas, mas que demandam algum tipo de estudo para serem respondidas sem grandes riscos de erro.
O fato é que a Pesquisa Social Brasileira (Pesb) respondeu a uma dessas questões, a que diz respeito ao preconceito de cor no Brasil. O brasileiro é racista? A resposta é afirmativa: sim, o brasileiro tem preconceito de cor. E ele desfavorece os pretos e os pardos e favorece os brancos. Essa é uma característica geral, de toda a sociedade brasileira, independentemente da posição social das pessoas. Isto é, o racismo tende a ser homogêneo tanto nas classes baixas quanto junto às pessoas que têm grau superior completo. 
Se isso é verdade, então podemos inferir que há alguma chance de que as pessoas que ocupam as posições de RH, como
A cor das oito pessoas fotografadas
foram educadas no Brasil e são brasileiras, possam vir a também ter esse tipo de preconceito. Ninguém irá admitir isso abertamente, é politicamente incorreto e é crime, mas poderá deixar seu preconceito agir de forma "sutil", o que pode ter como resultado dificultar a vida de profissionais de cor preta e parda nos processos de RH internos das empresas. Os dados do preconceito racial dos brasileiros
Vejamos os dados da Pesb, que estão contidos no livro A Cabeça do Brasileiro, os quais revelam que somos racistas e que isso se aplica às profissões.
Foram mostradas oito fotos de homens com cores diferentes. Em primeiro lugar, solicitamos que as pessoas opinassem acerca da cor dessas pessoas. Ficou claro quem, para os brasileiros, é branco, quem é pardo e quem é preto (veja tabela acima). Depois disso, pedimos que os entrevistados dissessem para cada um deles qual parecia ser um advogado, um professor de segundo grau, um motorista de táxi, um lixeiro/varredor de rua e, por fim, um engraxate. Os resultados para essas perguntas estão no quadro Cor e Profissão.
Para facilitar o entendimento do quadro ao lado, e visualizar melhor os padrões de respostas, foram somados para cada pergunta os percentuais daqueles que responderam que o atributo era dos brancos típicos (fotos 1 e 2), dos pardos típicos (fotos 5 e 6) e dos pretos (fotos 7 e 8). Os resultados desta análise estão apresentados no quadro Profissões - brancos, pardos e pretos.
Os resultados indicam um claro padrão de classificação profissional. À medida que o status da profissão vai caindo, ela vai ficando menos branca e mais parda e preta. Para a população brasileira, advocacia e ensino médio são ocupações de brancos (48% e 36%, respectivamente). Em seguida, há uma queda abrupta na proporção daqueles que acham que os brancos são motoristas de táxi (14%), ocupação na qual predominam os pardos (41%). É interessante notar que a curva do gráfico dos pardos sobe muito já na terceira profissão, ao passo que a curva dos pretos sobe apenas na quarta profissão. Isso indica que os pretos são vistos como ocupando profissões de menor status do que os pardos. Essa conclusão se confirma quando se observam os dados para engraxate: apenas na profissão de menor prestígio social é que os pretos são os mais mencionados.
A chamada "discriminação estatística" está presente no padrão de respostas encontrado para o perfil de cor das profissões. Como há maiores chances de advogados serem de cor branca, então a população, ao analisar fotos de pessoas de cores diferentes, associa por pré-conceito a cor branca ao ofício de advogado. A mesma discriminação estatística ocorre na medida em que cai o prestígio das profissões: menos brancos e mais pardos e pretos são associados a elas. É esta a experiência diária da população brasileira.
Preconceito é uma coisa, discriminação é outra
Os brasileiros, de um modo geral, têm preconceito de cor e ele favorece os brancos em prejuízo de pardos e pretos. Outros dados da pesquisa mostraram que o preconceito está igualmente distribuído entre todas as classes sociais. Além disso, como ninguém está fora da sociedade, é razoável supor que os profissionais de RH reflitam este fenômeno social.
Não há nenhum problema nisso. Como foi dito, o preconceito é inevitável e, se não temos preconceito de cor, é possível que tenhamos alguma outra modalidade de preconceito. Ter preconceito não é problema, o problema surge quando o preconceito se transforma em discriminação.
Para ficar no exemplo do RH, seria injusto que uma pessoa parda ou preta tivesse mais dificuldade de ascensão interna, na empresa onde trabalha, do que um branco simplesmente por causa de sua cor. Seria ruim para o preto ou pardo em questão e seria ruim para a empresa. A pessoa ficaria injustiçada, pois, apesar de ter mostrado mais mérito do que seu concorrente branco, ela teria sido preterida em tal oportunidade porque o preconceito "imperceptível" contra as pessoas de cor escura, detectado pela Pesb, se traduziria em discriminação de cor.
A empresa também perderia: ela não poderia dispor de um profissional de cor, porém mais competente do que um branco. Seria um decisão ineficiente e antiempresarial. Ora, não é necessário que ninguém deixe de ser preconceituoso, mas é preciso que o preconceito não seja convertido em discriminação, tornando-se uma barreira para a ascensão social de pretos e pardos e mais um obstáculo para ganhos de eficiência no Brasil.
Para finalizar, existe, hoje, uma corrente de pensamento que defende que a diversidade entre as pessoas é mais eficiente para que sejam obtidos bons resultados, tanto em empresas quanto dentro de outras instituições; que a diversidade é mais eficiente do que o brilhantismo individual. Assim, caso tenha-se de escolher entre uma equipe de pessoas medianas, porém todas bastante diversas na forma de ver e solucionar os problemas, e uma outra equipe somente com pessoas geniais, mas todas muito parecidas nesse atributo, é melhor ter a equipe mais diversa. E essa diversidade vai além, tende a ser também de gênero, cor, preferência sexual etc.
Assim, o preconceito de cor e seus possíveis, e em alguns casos, muito prováveis, desdobramentos, seriam duplamente ineficientes. Não necessariamente premiariam o melhor, mas também contribuiriam para reduzir as possibilidades de que se tenha mais diversidade dentro das equipes de trabalho. Alô, alô, RH, atenção para isso!...

A DOR DO PRECONCEITO

Me chamo Lenilson B. Azevedo
sou nascido em Macaé-RJ, 
e gostaria de trazer a tona um assunto que tem se tornado motivo de discussão em nosso meio... A final decontas o PRECONCEITO ainda existe ou não?
Vejamos alguns exemplos:
Existem muitos casos de Preconceitos em nosso meio, em nosso dia à dia, e muitas das vezes nos calamos, ou até mesmo fechamos os nossos olhos para esta situação vergonhosa...
Um caso bem comum de "Preconceito" em nosso país, é o caso das pessoasque cometeram crimes, eu fico olhando essas pessoas, elas cometeram crimes, foram punidos pela justiça, muita das vezes passaram mais de 10 anos atrás das grades, mas quando o sujeito sai da cadeia, não consegue emprego em lugar nenhum, por que ele simplesmente é um "ex-presidiário", não é visto com bom olhos, para esta nossa "sociedade hipócrita", ele vai ser sempre um criminoso, uma amaeça para o ser humano, e muita das vezes nem nos lembramos que o erro que elecometeu, poderemos até comete-lo ou pior ainda, as vezes temos medo de falar, para não ficar mal, para não dar a parecer que estamos defendendo um marginal, ou até mesmo para que não nos assemelhem a eles...
E ai por causa disso, o sujeito que saiu da cadeia, por não ter opção de vida, não ter um emprego, uma renda, uma estabilidade, acaba se envolvendo com o mundo do crime mais uma vez e volta a cometer os mesmo atos ou piores do que antes, para sobreviver. Mas aculpa é dele ou da sociedade? O PRECONCEITO acabou ou só está nos olhos de quem ver?
Um outro caso estampado de PRECONCEITO em nosso país, é a famosa "COTA PARA NEGROS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS..."
Agora imagine que você é um Jovem "NEGRO" de 18 anos de idade, que terminou o ensino médio, passou no provão do ENEM, e está apto a cursar uma faculdade, você passou sua vida inteira sonhando em fazer um curso de "Medicina", passou na prova, mas quando você chega lá na determinada universidade, uma secretária com olhar de desdem lhe olha de cima a baixo e lhe diz com a maior naturalidade do mundo... "Infelizmente não poderemos lhe aceitar neste momento pois a cota de vagas de disponibilizamos para negros em nossa unidade de ensino já está completa, peço ao senhor que aguarde para ver se haverá algum desistente até o inicio do curso..." Mas quando você olha em volta, ver que ainda existem muitas vagas para o curso que você escolheu, mas que você não pode cursar a faculdade pelo simples fato de ser negro e que por causa disso sua cota de vagas ja se esgotou... Ai eu lhe pergunto meu amigo, como é que você se sentiria diante dessa situação? Pois é... é desse mesmo modo que muitos jovens negros tem se sentido em muitas universidades de nosso país... Será que isso não é PRECONCEITO...
Meu Deus, em que século nós estamos em que uma pessoa se não for branca tem que ter um número de vagas para cursar uma universidade, para ser alguém na vida? Pense nisso... e talvez assim você não venha mais fechar os olhos para o PRECONCEITO em nosso páis.
Um outro caso de PRECONCEITO que ainda é muito comum...
Agora imagine que você é um jovem de 26(vinte e seis) anos de idade, que conseguiu terminar uma faculdade, se formou em Administração, fez diversos cursos, fala mais de 6(seis) idiomas, uma pessoa super inteligente, um certo dia você vai a uma entrevista de emprego em uma empresa de renome, quando você chega lá uma simpática psicóloga lhe atende como de costume em todas as entrevistas de emprego, olha seu curriculo cuidadosamente, lhe faz um monte de perguntas para ver se você vai cair em contradição em alguma delas, um certo momento da entrevista ela olha e diz que você é o funcionário que a empresa está precisando e se você tem disponibilidade de horário, quando ela está quase lhe contratando, percebe que você é "gay", pronto, o ponto de vista dela em relação a você já mudou... ela friamente lhe olha e diz..."Senhor, eu lhe peço que aguardes em casa o nosso telefonema lhe convocando para começar a trabalhar...enquanto isso, o senhor por favor pode ir preparando todos os documentos que serão precisos..." Mas no anuncio dizia que se tinha urgência na contratação e que era inicio imediato...." Ah... ia me esquecendo você é "gay"..., em outras palavras..."Senhor, seu curriculo é maravilhoso, mas infelizmente não poderemos te-lo em nossa empresa por que o senhor é "gay"... 
E ai meu amigo, como é que você se sentiria mais uma vez? Pois é... é assim que milhares de pessoas homossexuais, tem se sentido últimamente, porque não conseguem emprego em muitas empresas por serem gays... Isto é ou não Preconceito?
Outro caso comum de preconceito em nosso país...
Imagine que você é um jovem com mais ou menos 28(vinte e oito) anos de idade, trabalha em uma empresa maravilhosa, tem uma vida estruturada, mas que por um descuido seu, acabou adquirindo o vírus da "aids", quando isso chega aos ouvidos de seus superirores, logo arrumam um geito de lhe dispensar, um laranja, lhe chama em sua sala e lhe diz..."Olha fulano, nós admiramos muito oseu desempenho em nossa empresa, mas estamos que diminuir o nosso número de funcionários, pois estamos fazendo contenção de gastos, por este motivo estamos dispensando o senhor, mas assim que nossa situação estiver estabilizada entraremos em contato com o senhor lhe chamando de volta para trabalhar conosco"..., naquele momento você aceita numa boa, acreditando na quela linda história contada para você, e aguardando que mais funcionários sejam dispensados junto com você, mas somente você foi dispensado... Será que era por sua causa que a empresa estava indo ao vermelho? E o assunto continua se espalhando, os comentários continuam no meio de seus amigos..."fulano... muito cuidado com fulano, pois ele tem aids"... "nossa mãe! não aperte a mão de fulano não, para não pegar aids"...
Ai mais uma vez eu lhe pergunto... Como é que você se sentiria dinte desta situação?
Por que é assim que muitas pessoas contaminadas com virus do hiv tem se sentido, é por esta situação que muitos deles tem passado... Isto é ou não PRECONCEITO?
Um outro caso....
Imagine que você é um adolescente de 15(quinze) anos de idade, que nasceu e cersceu dentro de uma favela, mas que é e sempre foi um menino bom, um belo dia você saindo para ir a praia, conheceu um grupo de "mauricinhos", fez amizade com eles, e todo fim de semana vocês saem juntos para festas, ma um belo dia, seus amigos lhe apresentam as drogas, você aceita para não fazer feio, para dizer que você faz parte daquele grupinho... mas numa dessas saidas, a policia apreende vocês, e todos são levados para a delegacia, mas você por ser "pobre da favela", é o mais precionado, humilhado, pelos políciais, é chamado de bandidinho, é obrigado a dar conta de uma droga que nem sua era, mas você é da favela, não se esqueça disso... pra completar, os pais dos seus supostos amigos, chegam ao local, olham pra você com nojo e despreso, e ainda dizem entre sí..."meu filho antes de se misturar com este marginalzinho, este favelado, era um menino bom, mas este favelado virou a cabeça do meu filho"... Caramba, mas quem mudou sua cabeça foram os "mauricinhos"... A é, ia me esquecendo... você é pobre da favela...
E ai amigo, mais uma vez, como é que você realmente se sentiria?
Pois é... é assim que muitos jovens de comunidades carentes tem se sentido, pois para a sociedade, todos que moram dentro de comunidades carentes são bandidos...
Isto é ou não é PRECONCEITO?
Até quando você vai se calar?
Até quando você vai se fazer de cego, surdo e mudo diante dessa situação?
Vamos lutar juntos contra esta situação...
Dar um basta...
Direitos são iguais...
Todos nós somos seremos humanos...
Não pode nem deve haver distinção de pessoas...
Junte-se a nós e juntos iremos tentar melhorar esta situação...
Sei que não posso mudar o mundo...
Mas se cada um de nós der um basta ao PRECONCEITO, RACISMO, DISCRIMINAÇÃO, com certeza iremos e vamos fazer a diferença.
Então... Faça a sua parte...
Lute...
Preconceito é crime e dá multa e até cadeia....

Por Lenilson B. Azevedo